Araruna completa hoje 136 anos de sua emancipação política, data esta que se comemora mais um ano, que se junta ao somatório de páginas que formam a rica história deste município, que é sem sombra de dúvidas dos mais importantes do Agreste Paraibano, e de onde se pode ter orgulho de viver, morar e conhecer, para poder então refletir a cerca de seu passado e caminhar em passos firmes, para um bom futuro. Parte desta rica história é conhecida, através das pesquisas e dos resultados decorrentes de fatos marcantes em nossa história, já outras são esquecidas ou deixadas de lado, talvez por maldade, talvez pelo próprio desconhecimento de uma identidade apagada. Deve ser ressaltada que mesmo antes da emancipação do município, Araruna já existia, pois a famosa Serra de Araruna como lugar geográfico despertava esta sensação de pertencimento e de territorialidade.
Partindo deste principio de territorialidade, deve-se começar falando dos nossos primeiros habitantes que foram os índios, onde se supões serem os índios Janduís e os Caracarás, que ocupavam trechos entre os rios Curimatáu e Trairi, de onde durante suas passagens deixaram muitos vestígios, dentre eles destacam-se as inscrições rupestres encontradas naPedra do Letreiro, no Parque Estadual da Pedra da Boca, neste município. A própria denominação do município “Araruna” advém do idioma indígena (tupi) “A’rara una”, significando “Arara Negra”, decorrente do fato de existirem naquela época, muitas dessas araras (Anadorhynchus hyacinthinus) (Lath.), que embora do significado do nome, distinguem-se pela plumagem azul escuro, que vistas à distância pareciam negras. Sabe-se que o território onde se encontram os atuais municípios de Araruna, Cacimba de Dentro, Tacima, Riachão, Damião, além de muitos lotes de terra na região do brejo paraibano pertenciam ao Barão de Araruna, Estevão José da Rocha, mesmo antes do advento da povoação, onde as mesmas eram conhecidas e classificadas apenas pelo topônimo da Serra da Araruna.
